[RESENHA] Pokémon Black & White - Vol. 01

Roteiro: Hidenori Kusaka
Arte: Satoshi Yamamoto
Editora: Panini
Páginas: 96
Bimestral. Finalizado no Japão com 9 volumes
Ano: 2012 (Japão) ~ 2014 (Início no Brasil)
Classificação: 4/5
SinopseO sonho de Black sempre foi se tornar o maior de todos os treinadores e derrotar a Liga Pokémon. Ciente disso, a Professora Juniper escolhe o garoto e dois de seus amigos para viajarem por Unova, a fim de coletar dados para a nova versão da Pokédex. Para isso, além de seus companheiros, Black contará com a ajuda do valente Tepig, seu primeiro Pokémon, e de Munna e Braviary, seus Pokémon de estimação. E Munna será uma peça-chave para sua primeira batalha nessa aventura, pois ele vai… devorar os sonhos de Black?!

Eu sou daqueles pertencentes as primeiras gerações dos monstrinhos de bolso. Conheço e sei até hoje o nome de todos até a numeração 251 (claro que sei de alguns das novas gerações também), acompanhei o anime até meados da quinta temporada, assisti os 3 primeiros filmes, joguei as gerações RBY e GSC do Gameboy... e parei por ai. Sempre carreguei a série no meu coração e tentei por várias vezes voltar a jogar os recentes games e assistir as novas temporadas. Não consegui. Assim como não consigo também abandonar o sentimento de que as aventuras de Ash e companhia já deveriam ter acabado faz anos. Afinal de contas, são centenas de pokémons novos surgindo sem o ‘capricho’ dos anteriores. 

Prova de falta de criatividade: "Sério, os designers de Pokémon não tão nem tentando mais. Essas merdas aí foram criadas logo depois de uma overdose na sorveteria por quilo do lado do estúdio. Aposto."

Minha única esperança era o mangá. Sempre ouvi falar muito bem. Cheguei a baixar por scan vários volumes. Infelizmente, preciso estar muito disposto e empolgado para ler digitalmente. Quando a Panini anunciou que publicaria a série por aqui, logo pensei: “essa é a chance de me apegar novamente!”. A julgar pelo primeiro volume, acho que isso aconteceu sim.
Diferentemente do perdedor Ash, Black é um garoto dedicado e sonhador que se prepara mentalmente (através de muitos estudos) para se tornar um treinador Pokémon. Isso já faz 9 anos. É contagiante a emoção do garoto ao receber seu Pokémon inicial Tepig e a pokédex da professora Juniper! Reparem que eu usei o termo “Pokémon inicial”... porque? Porque Black já possuía dois outros monstrinhos de bolso: um Munna (Lv 30) e um Braviary (Lv 54). Viu a diferença Ash?!
Black só tem um defeito: ele sonha tanto em ser um mestre Pokémon e derrotar a Liga, que sua mente não tem lugar para qualquer outro pensamento. E é ai, que na minha opinião, ele demonstra ser um grande protagonista, pois consegue transformar sua desvantagem em vantagem: ele desenvolve uma espécie de “modo detetive”, onde seu bichinho de bolso Munna (conhecido por devorar de sonhos) esvazia sua mente permitindo então raciocinar com clareza e exatidão somente na situação.

Munna fazendo uma 'boquinha' as custas dos sonhos de Black.

Eu tinha meu pé atrás quanto a história. Tinha medo de ser muito corrida e mal desenvolvida. Nesse quesito me surpreendi bastante. O único ponto fraco ao meu ver, é o já clássico e repetitivo “desentendimento incial” entre o treinador e seu Pokémon. Felizmente isso é algo curto que não toma muito tempo na trama. 
Existem diversas referências aos games, como um resumo entre os capítulos que mostra o progresso do treinador e o level do de cada membro do seu time, o fato dos Pokémon selvagens só surgirem em grama alta, a diferença de ganhar experiência lutando contra outros treinadores, os apelidos... 


Referente a publicação da Panini, esse primeiro volume é meio tanko (encadernados que atingem um número de páginas em torno de 160~200), porque no Japão o tanko original continha o final da Saga HeartGold & SoulSilver mais os capítulos dessa primeira edição brasileira. O material é o jornalzão de sempre, com o interior das capas coloridas. A edição está ótima e foi feita pelo Bruno Zago, membro do site e canal Pipoca e Nanquim (tirando o termo “poké balls” que poderia ter sido traduzido para o já utilizado no anime: “pokébolas”).
Muitos questionam e apontam como motivo de desinteresse o fato da Panini ter preterido essa saga do que seguir a cronologia japonesa. Temos de entender que Pokémon Black & White é uma aposta da editora: se as vendas forem bem, com certeza publicaram o restante a seguir. Fora que é mais fácil apelar para um mangá que possui o nome dos jogos mais recentes e está mais fresco na cabeça dos fãs. Além disso, a história de Black & White independe de qualquer conhecimento dos mangás anteriores. 
Enfim... vou continuar acompanhando a série e torcendo para que o ritmo seja mantido e as demais séries sejam publicadas. Já consigo sentir meu espírito de treinador Pokémon voltando a arder com intensidade! Gotch catch ‘em all!

Nós vemos na resenha do volume 2! ;D

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